quarta-feira, 21 de maio de 2014

Carro do futuro

Carro do futuro "lê" o humor do motorista

A fisionomia e a voz do condutor fornecem subsídios para que os sistemas dos veículos respondam às emoções

por REDAÇÃO
No Peugeot Chrysalide Concept, a cabine muda de cor para reconfortar o condutor - Divulgação
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No Peugeot Chrysalide Concept, a cabine muda de cor para reconfortar o condutor
 
Dirigir pode ser uma terapia em alguns momentos e grande fonte de estresse em outros. Seguindo o exemplo de celulares e outros gadgets, que analisam impressões digitais e batimentos cardíacos do usuário, em um futuro muito próximo os carros podrão detectar o humor do motorista e responder a ele.
O mais recente passo nesse sentido acaba de ser mostrado pela Peugeot. A marca francesa apresentou o Chrysalide Concept, protótipo que traz uma câmera instalada na cabine que registra e analisa as feições de quem está ao volante. 
Caso o condutor esteja estressado, cansado ou irritado, o sistema muda o tom da iluminação da cabine, selecionando cores que podem ajudar a combater as causas do estresse ou da sonolência. 
O som e os aromas do ambiente e até a massagem feita pelo banco também são ajustadas, conforme as preferências previamente definidas pelo motorista. Tudo para deixá-lo em um estado emocional mais favorável para guiar – calmo ou alerta, conforme o caso. 
A PSA, que reúne Peugeot e Citroën, pretende aplicar uma versão mais simples dessa tecnologia nos carros das duas marcas. As vendas na China começam em 2016.
PRECURSOR
Não é a primeira vez que um veículo reage a sinais físicos do usuário. No Salão de Tóquio de 2007, a Nissan exibiu o Pivo 2 (foto acima), carrinho elétrico para três pessoas com uma cabeça de robô próxima à direção. Os “olhos” eram câmeras digitais que capturavam as mudanças na expressão facial do motorista, enquanto um microfone registrava sua voz e analisava o volume e a velocidade da fala.
Conforme o humor demonstrado pelo condutor, o robô dizia frases como “Relaxe, não se preocupe”. Para o chefe de design da marca à época, Masato Inoue, o Japão é um dos melhores mercados para testar essas novidades porque a cultura japonesa é mais aberta do que as outras para ver máquinas como amigos. “Queríamos criar um carro ao qual as pessoas pudessem se apegar”, disse. 
Tanto que em 2013 a Toyota levou à feira o FV2. No carro-conceito, sistemas de reconhecimento de voz e imagem “liam” o humor do operador e sua carroceria mudava de cor. 
Segundo informações da marca, a ideia é que o motorista tenha com o carro uma relação de confiança similar à de um cavaleiro com seu cavalo.

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