Modelo híbrido da Toyota estará disponível no estande da marca durante mostra paulistana
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JF Diorio/Estadão
A Toyota está focada em popularizar seu carro híbrido no Brasil. E vai abrir um espaço para que visitantes do Salão de São Paulo, aberto ao público no dia 30 de outubro, possam dirigir o Prius. Mas nada de pista de testes. O test-drive acontece no estande da marca, com o auxílio de um simulador operado por um dinamômetro.
Segundo a marca, o teste irá transferir a mesma sensação de direção encontrada ao conduzir o sedã nas ruas. Um grande painel de LED irá simular diversas condições de tráfego. Além disso, um visor, disposto no canto superior do painel de LED, se abrirá para mostrar o consumo de combustível do modelo. Até 40 km/h, o modelo, que é equipado com um motor elétrico e outro a gasolina, roda exclusivamente utilizando a eletricidade.
Em velocidades superiores, os motores funcionam de maneira sincronizada, com o menor uso possível do propulsor a gasolina. O Prius ainda regenera a energia gerada pelas frenagens, transformando o calor em eletricidade, alimentando as baterias responsáveis pela energia do motor elétrico.
O sedã híbrido da Toyota é comercializado no Brasil desde janeiro de 2013. Disponível em única versão de acabamento, o modelo é vendido por R$ 120.830. Entre os itens de série estão botão de ignição, central com display 3D com informações sobre o funcionamento do sistema híbrido, tela multimídia sensível ao toque de 6,1 polegadas com câmera de ré, rádio, CD Player, MP3 e Bluetooth, controle de estabilidade e tração, entre outros.
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Novas regras. A determinação do governo federal de não incluir os veículos 100% elétricos na medida que reduz o imposto de importação de carros ”verdes” tem caráter eleitoreiro. A coordenação da campanha de Dilma Rousseff, candidata a reeleição, temia que baixar a taxação de modelos que precisam ser reabastecidos na tomada em meio a uma crise na produção de eletricidade é um tema que poderia ser usado pela oposição para bombardear a presidente.
Segundo fontes ligadas ao governo, no início de 2015 o benefício será estendido a todos os veículos híbridos e elétricos oferecidos no País. Por ora, apenas os híbridos convencionais (com propulsão combinada de motor a combustão e elétrico), como o Toyota Prius, estão contemplados. Como vem do México, país com o qual o Brasil tem acordos comerciais, o Ford Fusion Hybrid já não paga imposto de importação.
Modelos 100% elétricos, como o Nissan Leaf (foto abaixo), que têm de ser recarregados na tomada, e elétricos de autonomia estendida – caso do recém-lançado BMW i3 -, ficaram de fora da medida divulgada no mês passado pelo Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).
Com as novas regras, o imposto de importação cairá de 35% para índices que variam de 0% a 5%. Modelos que entram montados no País, como o Prius e o Lexus CT200h, pagarão 5%. Para os que vierem desmontados, em sistema CKD, a taxa dependerá do índice de nacionalização e eficiência energética.
Isso abre espaço para a produção do Prius no Brasil, conforme o Jornal do Carro antecipou em novembro de 2013. Em maio deste ano, o presidente da Toyota para a América Latina e Caribe, Steve St. Angelo, confirmou a intenção de transformar a fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, em uma espécie de centro de propagação de novas tecnologias, especialmente a de veículos híbridos.
A unidade foi escolhida para receber a linha de montagem do Prius, caso o grupo decida pela produção local. O investimento dependia de um plano de incentivo à produção nacional, cujos primeiros passos acabam de ser dados pelo Camex.
“Meu sonho é que essa fábrica seja um laboratório de propagação de novas tecnologias, onde possamos receber alunos de escolas, representantes da sociedade e do governo para discutir e mostrar tecnologias ambientais, como a dos carros híbridos e outras”, disse St. Angelo à repórter Cleide Silva, do Caderno de Economia do Estadão.
O grupo Renault/Nissan também manifestou intenção de produzir na nova fábrica de Resende, no Rio de Janeiro, o Leaf. Por ora, o hatch elétrico é importado do Japão e vendido apenas a empresas de táxi.
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