quarta-feira, 9 de julho de 2014

Novo Honda Fit vs Fiat Idea

Novo Honda Fit encara Fiat Idea

Líder dos monovolumes, Fit vence o duelo com o seu maior rival

Comparativo entre monovolumes coloca Fit diante de Idea - Robson Fernandes/Estadão
Robson Fernandes/Estadão
Comparativo entre monovolumes coloca Fit diante de Idea
Líder do segmento de monovolumes, o Honda Fit recebeu mudanças profundas no visual e alterações na suspensão, além de câmbio CVT, em substituição ao automático convencional. Equipado com a nova transmissão, o paulista enfrenta seu principal rival, o mineiro Idea. E justifica a preferência nas vendas ao vencer o Fiat na maioria dos critérios deste comparativo.
A partir de R$ 54.500 na versão DX, o Fit se destaca em desempenho, conforto, estabilidade e desenho. Mas o que chama a atenção é a operação de seu câmbio. No Idea Essence, tabelado a R$ 54.637, por outro lado, a caixa automatizada Dualogic é a maior falha. Ela cumpre a missão de dispensar o pedal de embreagem, mas causa desconforto ao produzir trancos muito acentuados nas mudanças de marcha.
Além disso, seu funcionamento é confuso. Vez por outra faz trocas nas “horas erradas”, em rotações altas ou baixas demais, comprometendo o desempenho do bom motor 1.6 de até 117 cv (com etanol) – o 1.5 do Honda rende até 116 cv.  Além disso, como o Idea é 200 quilos mais pesado que o Fit, é mais lento para acelerar e retomar velocidade. O Honda é auxiliado pela ótima transmissão. De relações infinitas e com cinco marchas virtuais, trazconversor de torque, componente incomum neste tipo de transmissão.
Por isso, diferentemente do que ocorre com os CVT convencionais, quase não “patina” nas trocas de marcha. O resultado são mudanças rápidas e boa agilidade no trânsito. 
O Idea supera o Fit em dois quesitos: equipamentos e espaço interno. O Fiat oferece lista mais extensa de itens de série e opcionais (leia mais na próxima página). E, apesar de ter entre-eixos igual ao do rival, acomoda melhor o passageiro que viaja no meio do banco de trás. Ao contrário do Honda, que tem um porta-objetos invadindo a parte de trás da cabine. Além disso, o Idea traz 17 cm a mais na altura. 
Duelo entre espaço e prazer ao dirigirA boa altura do Idea é garantia de mais espaço interno, mas compromete o comportamento do monovolume. A carroceria rola muito em curvas e balança demais em alta velocidade. A suspensão, cujo ajuste é voltado ao conforto, ajuda a ressaltar essa sensação. 
No Fit, a posição de guiar é boa e fácil de encontrar. Isso apesar de o ajuste de altura do banco, que é item de série no Idea, ser oferecido no Honda a partir da versão LX (que tem tabela de R$ 58.800) e o de profundidade do volante vir da EX (R$ 62.900) em diante. A direção com assistência elétrica do Honda se comporta melhor que a hidráulica do Fiat. É precisa e direta em alta velocidade e muito leve na hora das manobras. 
O Fit sai de fábrica com ar-condicionado, direção, vidros e travas elétricos. O Idea tem a mais que o rival equipamentos como faróis de neblina, hastes para trocas de marcha atrás do volante, retrovisores elétricos e som. No Honda, esses dois últimos itens só estão disponíveis a partir da versão LX. 
Não ter opcionais é a maior falha do Fit. Quem quiser um carro mais equipado terá de partir para uma versão superior – a EX traz, como destaque, a câmera de ré, e a EXL, que começa em R$ 65.900, tem bancos e volante de couro. No Idea, há vários itens vendidos em pacote. Com isso, é fácil compor a configuração ideal. As fotos deste comparativo foram feitas com as versões EX do Fit e Attractive do Idea. 
Sobre câmbios e monovolumes
Monovolumes derivados de hatches compactos são, no geral, carros desengonçados, com dirigibilidade ruim. O Fit não padece desse mal. Tem a versatilidade de um familiar com o prazer de dirigir dos hatches. Quanto aos câmbios, os automatizados de uma embreagem, como o do Idea, nasceram para ser uma solução barata para se ter um carro sem pedal de embreagem. 


Eles passam por evolução, mas continuam desconfortáveis, a ponto de não compensarem a praticidade de não ter de trocar marchas. A solução? Usar duas embreagens, uma para as pares e outra para as ímpares. Com isso, os problemas de desconforto e lentidão são resolvidos. Entre os carros de menos de R$ 50 mil, o Fiesta já traz esse sistema, ao preço de R$ 4.500, só R$ 1,5 mil a mais que o Dualogic do Idea. Na parcela do financiamento, este valor extra nem chega a pesar. 

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