Audi RS7 é pura estética esportiva
Versão apimentada do A7, modelo tem belas linhas, acelera forte graças a V8 de 560 cv, e custa R$ 538.360
Rafael Arbex/Estadão
A beleza é a marca registrada dos carros que, pelo formato da carroceria, são conhecidos como cupês de quatro portas. E quando eles recebem uma dose alta de esportividade, a fórmula é irresistível. É o caso do Audi RS7, que chegou ao Brasil por R$ 538.360 e tem um motor tão potente que é de deixar a concorrência morrendo de inveja.
Em relação ao A7, no qual se baseia, se diferencia pelo desenho das rodas, que têm 21”, a grade exclusiva com as inscrição RS e as saídas de escape duplas. Há bancos com formato esportivo, volante achatado e detalhes de alumínio, fibra de carbono e Alcântara.
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O que deixa o RS7 mais instigante, porém, não é a bela aparência, mas o que está sob o capô. O topo de linha dos carros preparados da Audi tem um V8 biturbo de 4 litros, que gera 560 cv de potência. Neste modelo, a Audi não usou limitador de velocidade. Com isso, o cupê é capaz de atingir 305 km/h de máxima. É um número de superesportivo “puro sangue”.
Mais impressionante que a potência é o torque de 71,4 mkgf, disponível a partir de baixas 1.750 rpm. Graças a ele e às relações curtas do rápido câmbio automático de oito marchas, o carro acelera de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos, conforme a Audi. E estamos falando de um veículo que pesa quase duas toneladas.
Nas retomadas de velocidade em rodovias, se seu carro não for Ferrari ou Lamborghini, dificilmente acompanhará ou deixará para trás o RS7. Principalmente quando se ajustam todos os padrões para o modo Dynamic, que deixa o comportamento do motor mais esportivo e permite ao câmbio fazer trocas em giro mais alto, entre outras funções.
O ronco do V8 não é muito alto. Mesmo com um sistema especial de escapamento, é um pouco frustrante. E não dá para escutar os estalos no câmbio nas reduções de marcha.
O RS7 é equipado com sistema de tração nas quatro rodas.
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ELETRÔNICA EM ALTA
No modo de condução Comfort, o RS7 é como um confortável sedã, deixando doce a vida dos quatro ocupantes. Atrás, só viajam dois, pois há um console no meio do banco. Porém, com amplo espaço para as pernas, ombros e até cabeça.
Já no Dynamic, é alterada também a rigidez dos amortecedores. O carro fica muito duro e é impossível rodar em vias levemente imperfeitas, pois praticamente não há absorção dos impactos com o piso, o que causa desconforto. Porém, nessas condições, até o mais inexperiente motorista é capaz de fazer as mais travadas curvas sem risco de errar – auxiliados pela tração nas quatro rodas e as assistências eletrônicas.
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Porém, a distribuição de peso poderia ser um pouco melhor pois, mesmo com todos os seus recursos, o cupê tem tendência a dar escapadas – mas só se o motorista entrar nas curvas em velocidade alta.
Se o condutor quiser conforto associado a respostas melhores nas acelerações e retomadas, basta manter a suspensão em Comfort e os outros padrões em Dynamic. Merece destaque a posição de guiar, baixa e inclinada, como nos tradicionais esportivos.
FICHA TÉCNICA
Preço estimado: R$ 538.360
Motor: 4.0 biturbo, V8, 32V, gasolina
Potência: 560 cv a 5.700 rpm
Torque: 71,4 mkgf a 1.750 rpm
Câmbio: Automático, oito marchas
Comp.: 5,01 m/Entre-eixos: 2,91 m/P. malas: 535 L
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