FCA, que inclui a Chrysler, coloca à venda 10% das ações da Ferrari. As demais ficarão com acionistas
Eduardo Munoz/Reuters
John Elkann (esq) e Sergio Marchionne presidem a FCA
A FCA, grupo automotivo que surgiu a partir da fusão de Fiat e Chrysler, anunciou que a Ferrari deixará de fazer parte do conglomerado. Serão colocadas à vendas 10% das ações da fabricante de carros superesportivos.
Em comunicado, o presidente da FCA, Sergio Marchionne, informou que a Ferrari não faz parte dos projetos da companhia para 2014-2018.
Serão vendidas 10% das ações da montadora, cuja operação inclui também a marca Maserati. As demais serão divididas entre os acionistas da FCA, que poderão tanto vendê-las quanto mantê-las.
De acordo com a agência Automotive News, com essa distribuição, o controle da Ferrari deverá ficar com a família do fundador da Fiat, os Giovanni Agnelli, hoje representada na empresa por seu bisneto, John Elkann, presidente do conselho da FCA.
No início do mês, repercutiram na imprensa de que a família Agnelli desejava ficar mais focada na Ferrari, em detrimento da Fiat. Porém, essas informações não foram confirmadas no comunicado. A estimativa é de que o valor da Ferrari seja de 2,3 bilhões de euros.
MOTIVO
No comunicado divulgado pela companhia, não foram detalhadas as causas que levaram à decisão de dissociar a Ferrari da FCA.
De acordo com Marchionne, a ação faz parte da estratégia para garantir a estrutura de capital apropriada para sustentar a FCA a longo prazo.
Já John Elkann disse estar feliz com "esse novo passo rumo à estratégia de desenvolvimento da FCA. A separação da Ferrari preservará a renomada tradição italiana."
Marchionne informou que as ações da Ferrari serão cotadas nos EUA e "em um outro mercado europeu" - ainda não informado.
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