Marcas crian ruído artificial de motor

Marcas criam ruídos artificiais de motor

A ideia é deixar os esportivos mais instigantes

Jaguar/Divulgação

Para quem gosta de carro, o ronco do motor é música. Com o desenvolvimento de isolamentos acústicos eficientes, principalmente por causa da legislação que restringe o nível de ruído produzido pelos veículos, é cada vez mais raro ouvir essas “sinfonias”. 

Em alguns esportivos e superesportivos, no entanto, há recursos que amplificam o som de forma artificial, com o objetivo de aprimorar a sensação de que motorista e passageiros estão a bordo de um modelo de alto desempenho. 

Diretor executivo da Associação de Engenharia Automotiva (AEA), Nilton Monteiro lembra que, nos carros que oferecem esse recurso, é importante haver a possibilidade de rodar também de forma silenciosa. Essa é uma prática comum no mercado – em geral, o ruído extra é ativado por meio de um botão no painel ou console. 

TIPOS DE URRO - Nas versões R do F-Type (cupê e conversível), a Jaguar usa o chamado escapamento ativo. Por meio do sistema, duas das quatro saídas de escape permitem que os gases sejam expelidos de maneira mais rápida e direta, produzindo um som mais grave que o normal. O dispositivo simula aquele ronco “embaralhado”, típico de carros carburados dos anos 70. 

Nos Porsche 911 e Panamera GTS, há um recurso que desvia parte do ar que iria para dentro do motor para um diafragma vibratório no coletor de admissão. Esse processo gera um som mais esportivo que é projetado para dentro do carro. 

BMW e Volkswagen têm tecnologias similares. Da primeira, M5 e M6 trazem o Active Sound Design, que capta sinais do motor e escapamento e os projeta no sistema de alto-falantes. É como se um arquivo de áudio, armazenado na central eletrônica, fizesse a “trilha sonora”, que varia conforme as investidas no acelerador.

No chamado Soundaktor, da VW, presente no Golf GTI, Jetta TSI e Fusca, o alto-falante está localizado no compartimento do motor.